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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Política - cuidando de um lixo chamado mau-caratismo.

Política: cuidando de um lixo chamado mau-caratismo

Crônica minha - publicada em 27/03/2008 às 15h03m no Globo on line.
Por Cristiane Silva

O que existe de lixo nesse mundo não está no gibi. E o pior é que são daqueles lixos que não podemos reciclar, pois trazem estampado nas embalagens: "sem retorno"! Que bom seria se pudéssemos olhar nas "embalagens" aquele símbolo da reciclagem com as três setinhas indicando um ciclo de reaproveitamento. Mas os lixos estão muito perecíveis.


"Há que se ter cuidado, tem muito lixo nocivo por aí! Ganância, desrespeito,arrogância, desprezo aos seres humanos".


Apodrecidos com tamanha velocidade, de fato nos deixam indignados e estarrecidos. Há que se ter cuidado, tem muito lixo nocivo por aí! Ganância, desrespeito, arrogância, desprezo aos seres humanos menos favorecidos, fraudes, corrupção, mau-caratismo, falsas promessas, falta de ética, funcionários fantasmas. Todos lixo sem retorno!
Advertência é pouco para a sem-vergonhice de ludibriar pessoas humildes, que são usadas como trampolim para que sorrisinhos inescrupulosos continuem a nos envergonhar. Para o escândalo quanto aos casos de fraudes na Alerj, a prisão precisa ser levada à risca. E não será por causa de choros e/ou jogo mútuo de acusações que as investigações tenham que deixar de ser levadas a sério e interfiram no Conselho de Ética. É preciso, de fato, apurar as responsabilidades dos deputados envolvidos nesse jogo de interesses.
Enquanto os "funcionários-fantasmas" (e quantos!) recebem os benefícios do auxílio-educação, professores trabalham em péssimas condições estruturais e materiais, comprometendo a qualidade do que deveria ser prioridade de qualquer governo: A educação é a mola propulsora de transformações sociais.

" Que se comece por varrer as próprias ideias, impregnadas da mania de querer se dar bem a qualquer custo "

Não mais podemos permitir que um lixo tão nocivo à dignidade da sociedade continue a fazer parte da nossa História. Somos, também, responsáveis por essas pessoas que estão nos representando, afinal somos nós quem as escolhemos para estarem lá. Se continuamos votando errado, é mais uma prova de que a educação não vem cumprindo um dos seus papéis fundamentais: o de formar cidadãos capazes de atuar responsavelmente na sua realidade.
Se de fato há a ideia de cuidar dos filhos do "verde esperança", sem fugir-se à luta, que se comece por varrer as próprias ideias, impregnadas da mania de querer se dar bem a qualquer custo. Varramos! Mas, desta vez, sem querer esconder o lixo debaixo do tapete.

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