Escolhidas a dedo para você ouvir!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

PARA OS QUE VIRÃO (THIAGO DE MELLO)

COMO SEI POUCO, E SOU POUCO,
FAÇO O POUCO QUE ME CABE
ME DANDO INTEIRO.
SABENDO QUE NÃO VOU VER
O HOMEM QUE QUERO SER.


JÁ SOFRI O SUFICIENTE
PARA NÃO ENGANAR NINGUÉM:
PRINCIPALMENTE AOS QUE SOFREM,
NA PRÓPRIA VIDA, A GARRA DA OPRESSÃO, E NEM SABEM.


NÃO, NÃO TENHO O SOL ESCONDIDO
NO MEU BOLSO DE PALAVRAS.
SOU SIMPLESMENTE UM HOMEM
PARA QUEM JÁ A PRIMEIRA
E DESOLADA PESSOA
DO SINGULAR FOI DEIXANDO,
DEVAGAR, SOFRIDAMENTE,
DE SER, PARA TRANSFORMAR-SE,
NA PRIMEIRA E PROFUNDA PESSOA
DO PLURAL.


NÃO IMPORTA QUE DOA:É TEMPO
DE AVANÇAR DE MÃOS DADAS
COM QUEM VAI NO MESMO RUMO,
MESMO QUE LONGE AINDA ESTEJA
DE APRENDER A CONJUGAR
O VERBO AMAR.

É TEMPO SOBRETUDO
DE DEIXAR DE SER APENAS
A SOLITÁRIA VANGUARDA
DE NÓS MESMOS.

TRATA-SE DE IR AO ENCONTRO.
(DURA NO PEITO, ARDE A LÍMPIDA VERDADE DE NOSSOS ERROS).
TRATA-SE DE ABRIR O RUMO.


OS QUE VIRÃO, SERÃO POVO,
E SABER SERÃO, LUTANDO.

2 comentários:

  1. Este poema é lindo1 Obrigada ao poeta por crialo, ferlezados são aqueles que o entendem!

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  2. Para aquekes com o sentimento profundo verdadeiro de transformar o mundo em algo melhor (não sabemos ainda em quê) e eternizar o produto desse feito esse poema é a tradução do sentimento para o idioma das palavras. Parabéns ao poeta e àqueles que que, além de entender, também compartilham do sentimento expresso no poema.
    VAMOS DAR MAIS CHANCE A NÓS MESMOS.

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